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Crítica: Alvin e os Esquilos: Na Estrada (2015)

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A franquia que pelo jeito nunca vai terminar (e isso não necessariamente é ruim, pelo menos não pra todo mundo, já que os filmes rendem bilheteria) e ganha mais uma sequência repleta de muitas músicas que ninguém entende, mas todo mundo acha engraçado a voz afetada dos bichinhos. 

Alvin e os esquilos, que poderiam morrer e abrir espaço pra franquias novas e talvez mais interessantes pra pessoas como este crítico, como por exemplo Tico e Teco. Já pensou um filme do Tico e Teco? Nossa! Enfim, o que tem pra gente hoje é esse filme dos esquilos que não são nem dez por cento legais perto do tanto que Tico e Teco são legais. 

O filme conta a história de como os esquilos amam o dono/pai deles Dave (Jason Lee), mas só conseguem fazer burrada e o decepcionar. Dentro disso entram um monte de outras temáticas batidas de roteiro que destoam da proposta nonsense do filme, que se trata de esquilos falantes e cantores que são pop-stars. Temos a temática do road movie (filme de estrada, onde a estrada é a metáfora da jornada) em que protagonistas que se odeiam pouco a pouco passam a se gostar de tanto conviver, aí entra a temática do casamento que pode ser uma péssima ideia. A temática dos animais que aprontam altas confusões e despertam a ira do funcionário da empresa de controle de animais ou algo do tipo e a temática do filme de musical tenta entrar mas ninguém entende o que os esquilos cantam então não dá muito certo.

O gênero é comédia e deveria ser nonsense também por se tratar de uma coisa totalmente fora da realidade, com esquilos que cantam e dançam, falam e são humanizados. O filme peca quando comete o mesmo erro que Ted 2 (2015, Crítica #1 e #2), tentar sair do nonsense e trazer a coisa pra uma relação com o mundo real. O Ted quer dar uma de Homem Bicentenário e tentar ser humano, coisa que esse filme do Alvin tenta fazer também, humanizar os esquilos e estabelecer relacionamentos entre eles e humanos. Uma coisa que não faz a menor lógica dentro da ideia do nonsense que deveria ser o foco do filme. 

Coloca uns esquilos do mal que cantam ópera ou algo assim, mergulha na estética do musical, pega o predador dos esquilos ou algo assim, sabe? Não existe a menor fuga da fórmula, depois de tantos filmes na franquia, e tudo bem porque os estúdios não lidam com riscos, mas o mercado estagnou por conta dessa filosofia. A comédia do filme não é ruim, só não é nova, não é inovadora apesar de ter algum frescor, tem bons diálogos, boas referências, mas não tem originalidade. A pitada de novidade que dura alguns segundos e cresce alguns momentos do filme, mas não o filme como um todo.

Se letra de médico virasse música nós já saberíamos como seria o som dela. Se estiver entediado, vai lá, assiste, dá pra rir.
Nota  • Texto Escrito por Lucas Simões • Revisão de Texto por Jonathan Humberto
FICHA TÉCNICA
Lançamento: 24 de Dezembro de 2015; Duração: 1h 26min; Gênero: Animação; Direção: Walt Becker; Elenco (vozes): Jason Lee, Kimberly Williams-Paisley, Bella Thorne, Laura Marano e Tony Hale.
SINOPSE
Dave (Jason Lee) está prestes a se casar com Samantha (KImberly Williams-Paisley), por mais que o filho dela não se dê muito bem com Alvin, Simon e Theodore. Eles decidem realizar o matrimônio em Miami, onde ficarão para a lua de mel, mas os pequenos esquilos não são convidados para a festa. É claro que o trio não ficará satisfeito e, por conta própria, resolve viajar até a cidade.

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